Uma Passagem Para O Infinito: outubro 2015

29/10/2015

Eu realmente não sei o que aconteceu.


Eu realmente não sei o que aconteceu. Desde que você chegou eu mudei, e pra melhor. Sem você eu não consigo continuar sendo essa pessoa, e olha que eu gosto muito dela. O problema é que eu sou inconstante, eu não tenho controle do que eu vou ser ou de qual personalidade tomar, mas você conseguiu fazer com que eu finalmente mudasse a minha essência, que eu finalmente conseguisse me tornar pelo menos em partes na pessoa que eu sempre quis ser, eu não sei de onde vem esse seu poder sobre mim. Não é como se eu não quisesse que que a gente se transformasse em algo lindo, mas eu não me sinto madura pra isso, aquela pessoa que se entregava as cegas e as escondidas ficou pra trás, o que eu sinto não merece ficar escondido. O problema é que eu não sei o que fazer, não consigo lidar com a situação, eu não tenho um roteiro. Acho que esgotei minhas chances em antigas tentativas frustadas de um passado que eu finjo não existir, de um passado vergonhoso que eu prefiro esconder, e se você soubesse, se esconderia também. Ninguém sabe tudo sobre mim, e ninguém pode saber. As vezes você é tudo, as vezes você é nada, e eu sempre fui o nada.

Talvez não fosse pra ser.


Eu finjo não perceber os sinais que você demonstra, por saber que eu não posso retribuir. Vontade e razão lutam dentro de mim, não sei se sou madura mesmo, ou se apenas sei pensar. Sei que não me sinto madura e, olha, eu queria muito não fugir. As vezes é preciso, é a melhor saída, dói igual, mas passa. Queria me sentir madura, pronta pra isso. Pela primeira vez eu não tive vontade de esconder. Não é algo passageiro, nem pura atração. Eu realmente queria que você fosse a pessoa que eu finalmente diria, olha mãe, eu acho que tô gostando de alguém. Mas não dá, dessa vez, eu mesma estraguei tudo, eu estraguei tudo por não conseguir levar isso a sério e agora eu me odeio, e odeio o fato de não conseguir deixar você.

27/10/2015

She wants to go home, but nobody's home.



I couldn't tell you
Why she felt that way
She felt it everyday
I couldn't help her
I just watched her make
The same mistakes again


What's wrong, what's wrong now?
Too many, too many problems
Don't know where she belongs
Where she belongs


She wants to go home, but nobody's home
That's where she lies, broken inside
With no place to go, no place to go
To dry her eyes, broken inside


Open your eyes
And look outside
Find the reason, why (why)
You've been rejected (You've been rejected)
And now you can't find
What you left behind

Be strong, be strong now
Too many, too many problems
Don't know where she belongs
Where she belongs (?)

She wants to go home, but nobody's home
That's where she lies, broken inside
With no place to go, no place to go
To dry her eyes, broken inside

Her feeling, she hides
Her dream, she can't find
She's losing her mind
She's falling behind
She can't find her place
She's losing her faith
She's falling from grace
She's all over the place (yeah!)


She wants to go home, but nobody's home
That's where she lies, broken inside
With no place to go, no place to go
To dry her eyes broken inside

She's lost inside, lost inside (oh, oh)
She's lost inside, lost inside (oh, oh, yeah)

26/10/2015

Eu nunca me amei, eu nunca me entendi.


Já se sentiu deslocado alguma vez? Como se não se encaixasse em nenhum lugar? É assim que me sinto todos os dias da minha vida. Não me encaixo na escola, não me encaixo em casa, não me encaixo no meu grupo de amigos, não me encaixo na sociedade.
Não consigo ser boa fazendo coisa alguma, não consigo fazer bem o que eu gosto de fazer, não consigo fazer bem as coisas pelas quais me esforço em dobro por ser péssima, não consigo fazer bem nem o que eu sou ótima em fazer (que não são muitas coisas, por sinal).
Não consigo ser a pessoa que eu gostaria de ser, nem nunca gostei de mim mesma. Não consigo melhorar minhas atitudes, não gosto do que vejo no espelho, não gosto do que faço e vivo, e o mais irônico é que aconselho as pessoas a se aceitarem do jeito que são.
O pior de tudo é que eu sei exatamente o que eu quero e quem eu quero ser, mas eu realmente não consigo.
Talvez eu seja um paradoxo maluco, sei lá, talvez seja isso a única coisa na qual sou boa de verdade: aconselhar as pessoas a não fazerem as mesmas burrices que eu faço e vivo.
Sou um poço de frustrações e desejos não realizados. Emano uma aura tão negativa que nem eu mesma me suporto. Não acredito mais em nada, não me interesso mais em nada, não corro atrás de mais nada também. Minha zona de conforto é péssima, mas não consigo mais sair dela, porque nunca dá certo, olha, nunca deu. Prefiro escrever linhas e mais linhas de pensamentos incompletos e não compartilhar com ninguém, até porque ninguém entenderia, ninguém nunca se importou em entender.
Cansei de buscar pelo amor próprio e pela mudança. O amor próprio, bem, ele me rejeita. As mudanças? Nunca permanecem.
Aos que achavam que me conheciam, me desculpe, ninguém me conhece. Acho que nem eu mesma me conheço afinal, já que nem eu mesma me entendo.
Não é mais como se eu me importasse, afinal. Tenho que conviver com o ogro dentro de mim, é a minha sina. Felizmente não me importo mais com a opinião alheia.
Enquanto isso, continuo fazendo textos sem nexo algum, que começam de um jeito e terminam de outro, e que, geralmente, nunca são publicados.