Uma Passagem Para O Infinito: novembro 2015

25/11/2015

I was born sick.


Chega a ser desesperador o quanto dói quando eu me olho no espelho ao fim do dia e vejo que eu ainda sou aquela mesma pessoa, e não a que eu fingir ser o dia inteiro pra suportar tudo isso. 
Eu gostaria de escrever sobre felicidade em vez de tanta tristeza, mas minha vida é um labirinto e eu estou presa dentro dele, sabe? Eu não consigo encontrar a saída, eu apenas pulo o muro, mais uma vez, e mais uma vez. 
Eu continuo fugindo, procurando uma solução pra mais uma das minhas causas perdidas. Eu não posso mudar, eu vou continuar sendo essa pessoa pra sempre, não importa o que eu faça, não importa quantas vezes eu tenha que fugir, não importa quantas noites eu tenha que perder chorando. Eu não queria ter que estar a milhas de distância pra ser feliz, sabe? 
A questão é, eu me sinto como uma alma totalmente perdida em um corpo estranho. Quem sou eu? Por que eu continuo me estranhando quando vejo o meu reflexo no espelho? É doentio se sentir uma alma velha num rosto de, sei lá, 8 anos? Porque é assim que eu me sinto, é assim que eu me sinto todos os dias. Agradeça seja lá a quem for por não se sentir assim, porque é simplesmente devastador.
Não dá pra viver assim, não dá pra se entregar pra alguém quando todas as suas partes estão destruídas, não dá pra fazer alguém feliz enquanto você não sabe quem você é, apenas quem você quer ser.
Não é como se eu tivesse mais condições de chorar. Já me acostumei. Por que é tão difícil se aceitar e pronto, ser feliz? Eu cansei dos alter-egos, que por sinal ninguém percebe. Não é como se alguém prestasse atenção. Talvez o mundo foi feito para ser sozinho.